Completamos 47 anos de Zona Franca de Manaus (ZFM). Com seus altos e baixos, o modelo, idealizado pelo deputado federal Francisco Pereira da Silva, ainda é o principal instrumento de promoção para o desenvolvimento do Estado do Amazonas. Os indicadores do ano passado falam por si, no entanto, precisamos avançar para suplantar os gargalos que impedem de avançarmos, além do que é preciso procurar alternativas econômicas que nos tirem da dependência exclusiva deste modelo de desenvolvimento.
Em 2013, enquanto boa parte do mundo, em particular o continente europeu, foi abatido pela crise econômica que solapou boa parte do emprego dos trabalhadores, nosso Polo Industrial registrou recordes de criação de postos de trabalho. Foram registrados, segundo indicadores da Suframa, 129.663 postos de trabalhos, entre efetivos, temporários e terceirizados.
Outro dado importante que revela a pujança do nosso Polo é indicado pelo faturamento da indústria, que mais uma vez apresenta crescimento recorde. No ano que passou, as empresas instaladas no parque industrial amazonense fecharam com um faturamento acumulado de mais de R$ 80 bilhões.
Apesar de ZFM se mostrar uma experiência exitosa, ainda há setores do empresariado brasileiro que se opõem à continuidade deste modelo, haja vista os constantes ataques desferidos por representantes da indústria paulista e que se materializam nas tentativas de inviabilizar o modelo no Congresso nacional. Por exemplo, todas as vezes que esteve em pauta a prorrogação do modelo, deputados paulistas criaram empecilhos. Foi assim em 2003 e está sendo agora em 2013, mas tudo indica que pelo esforço da base do governo estamos bem próximo da aprovação do projeto.
Nesse quase meio século de existência faz-se necessário pensar em alternativas à ZFM e nossa região apresenta inúmeras oportunidades. Por exemplo, a agroindústria e o turismo são setores promissores que precisam ser fomentados.
Foto: Portal Amazônia |
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