segunda-feira, 31 de março de 2014

Ditadura nunca mais

Como hoje, há 50 anos o Brasil vivia um momento de profundas transformações em prol da maioria de sua população, infelizmente interrompido pela força de uma ditadura civil-militar que durou 21 anos sob protestos de milhares de brasileiros que foram às ruas para restabelecer a ordem democrática e retomar o projeto de um Brasil soberano e desenvolvido.
As ‘Reformas de Base’, projeto apresentado pelo governo João Goulart, buscava tão somente construir um Brasil mais independente dos interesses estrangeiros. Entre tantas medidas anunciadas, as que mais encontraram resistência dos setores conservadores, atrelados e submissos ao capital estrangeiro, foram a regulação da remessa de lucros e uma ampla reforma agrária, condição imprescindível para o nosso desenvolvimento soberano. Infelizmente, aquele projeto foi interditado pelo conservadorismo brasileiro, o mesmo que se manifesta nos dias de hoje contra o projeto democrático e popular em curso.
Desde o início dos anos de chumbo no Brasil, setores importantes da sociedade se manifestaram contra aquele modelo implantado pelos generais que deixaram como consequências drásticas um endividamento brasileiro estratosférico e o arrocho do salário dos trabalhadores. Estudantes, artistas, sindicalistas foram às ruas pedir o fim da ditadura e a volta de eleições livres. Infelizmente muitos pagaram com a vida para tirar o Brasil daquele que foi um dos piores momentos de nossa história.
No final dos anos 70 quando o projeto entreguista dos militares perdeu força, com inflação galopante, forte endividamento externo e crescimento econômico pífio, as forças sociais de norte a sul do Brasil derrotaram esse projeto nefasto que nos atrasou por 21 anos.
Novamente o Brasil encontra-se diante de um momento importante de sua história, pois o projeto em curso tem feito o país avançar em diversos aspectos e novamente as forças conservadoras têm feito incursões para frear esse processo. É preciso estar atento com as viúvas da ditadura para não retrocedermos.