quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Seminário da CNB/PT Amazonas lança pré-candidatura de João Pedro

O último sábado (22) foi marcado pelo lançamento da pré-candidatura de João Pedro a Câmara dos Deputados. O lançamento ocorreu no seminário da tendência interna Construindo um Novo Brasil do Partido dos Trabalhadores (CNB/PT), no Hotel da Vinci em Manaus. Tendo como tema “A construção coletiva de um projeto popular”, o seminário contou com a presença de 270 lideranças de 20 municípios de toda a região metropolitana e interior do estado.
 
 
 
 
Entre as falas, o evento teve o sociólogo e escritor Wilson Nogueira; a coordenadora da Comissão Pastoral da Terra no Amazonas (CPT-AM), Marta Valéria Cunha; o atual presidente do PT no estado, Valdemir Santana; e o diretor presidente do Instituto de Terras do Amazonas, Wagner Santana.
 
“A presença dessas lideranças representa o desejo da população de sustentar mandatos populares comprometidos com o projeto político que iniciou com o presidente Lula e que se mantém com a atual presidenta Dilma”, afirma João Pedro, que em novembro entregou a presidência do PT no Amazonas e agora se dedicará a sua pré-candidatura.
 
 
 
Além da análise de conjuntura, o seminário teve painel com a contextualização socioeconômica e a importância de mandatos comprometidos com o desenvolvimento sustentável do Amazonas. Compareceram ao evento vereadores, lideranças populares, presidentes sindicais, empresários, entre outros dirigentes partidários de diferentes municípios do estado.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Mudança de Paradigma

Em épocas de neoliberalismo brasileiro as respostas às crises externas tinham como princípio básico cortes de gastos públicos, prejudicando os mais pobres. Com a chegada do PT ao governo central essa lógica se inverteu: a ampliação dos gastos foi a tônica. Exemplo disso é o Programa Minha casa, Minha Vida que além de ter ajudado no enfrentamento da crise econômica internacional tem possibilitado o bem estar de muitos brasileiros com a realização do sonho da casa própria, como aconteceu em recente viagem da Presidenta Dilma ao Amazonas.
Mais de 1,5 milhões de famílias já foram contempladas com a casa própria por este Programa, outras 1,7 milhões foram contratadas, um investimento de R$ 200 bilhões. A meta a se atingir é de 2.750 bilhões de famílias, até o final do ano. São recursos investidos na economia que possibilitam ampliar o número de empregos, gerar renda e aumentar o consumo, o que ajuda o Brasil a atravessar a crise capitalista sem muita turbulência.
 
Na semana passada a presidenta Dilma esteve em Manaus para entregar 5.384 unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida em parceria com o governo do estado, beneficiando 21 mil pessoas. Nas palavras da presidenta ninguém tem que agradecer ao governo pelo benefício recebido, pois se trata de dinheiro do povo que tem de ser retornado com políticas públicas que melhore suas condições de vida e o sonho da casa própria é uma grande realização.
 
Este programa tem grande impacto social e no amazonas mais ainda, pois o estado tem o segundo pior déficit habitacional do país, com uma carência de 193 mil unidades, segundo censo demográfico de 2010. Segundo os dados do IBGE, Manaus tem déficit habitacional de 105 mil unidades.
A mudança de paradigma no enfrentamento da crise econômica internacional nos últimos 12 anos no Brasil é muito mais abrangente, mas sem dúvida alguma o Programa Minha casa, Minha Vida retrata muito bem a diferença do que foram os anos noventa e a percepção atual em termos de política pública.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A história como lição

Em 1954 um atentado contra Carlos Lacerda na Rua Toneleros ocasionou a morte do Major Rubens Vaz. Tal fato servira de pretexto para tirar Vargas do poder, o que não ocorreu pelo suicídio e seus desdobramentos. O conflito entre sem-terras e a polícia no Paraguai levou à morte 8 policiais e 9 manifestantes e, novamente, a responsabilidade recaiu contra o Presidente, Fernando Lugo. Foi o estopim para depô-lo do poder. Na Venezuela em 2002 o roteiro foi o mesmo. O velho Marx já advertiu: a história se repete. O que de fato está por trás dos protestos violentos que ocorrem no Brasil nos dias de hoje?
A recente morte do cinegrafista da Band atingido por um rojão quando cobria uma manifestação trás à tona uma preocupação: o que de fato se deseja com essas manifestações? Protestar contra as políticas públicas ou criar um pretexto para desestabilizar o país e atender interesses de grupos que almejam derrotar o atual governo nas próximas eleições presidenciais, a qualquer custo.
Sem um projeto para apresentar ao país a oposição Brasileira tem apostado no quanto pior melhor. Não foram poucas as tentativas. Sistematicamente, os grandes jornais anunciam o desastre que ronda a economia brasileira, o que não encontra respaldo nos principais indicadores econômicos. Usam o moralismo e o combate a corrupção como forma para atacar o principal partido de sustentação da presidente, ainda assim não encontram ressonância na sociedade. Protestar é legítimo na democracia, mas agredir pessoas, depredar propriedades é inconcebível.
Não podemos criminalizar as manifestações, mas também não é possível aceitar de forma passiva os protestos criminosos, tanto desses movimentos como das forças policiais. A história nos ensina onde essas práticas podem descambar.
A democracia foi uma conquista do povo brasileiro. Milhares de vida se perderam para restaurá-la. Protestar é forma legítima para a construção da cidadania, no entanto, a violência de alguns grupos precisa ser contida, sob pena de regredirmos na história.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Aplauso ao MST

Um aplauso de reconhecimento a experiência do MST que esta semana realiza seu 6° Congresso Nacional do MST e ainda celebra os 30 anos de luta e resistência do movimento.
O movimento que vem defendendo há tanto anos sua autonomia e a reforma agrária como um dos principais movimentos populares brasileiros. Trata-se de movimento legítimo que representa parte de um Brasil esquecido e desamparado. O movimento merece esse aplauso e muito mais!

Abaixo o artigo publicado no jornal O Globo do colunista Alexandre Conceição:

Reforma agrária popular é urgente

A realização do 6° Congresso Nacional do MST, esta semana, em Brasília, coincide com a celebração dos 30 anos de luta e resistência do movimento.

Nessas três décadas, através da luta organizada, mais de 350 mil famílias conquistaram o direito de plantar e produzir alimentos. Temos orgulho de ter alfabetizado mais de 50 mil pessoas, juntamente com a defesa intransigente para a permanência das escolas do campo. Transformando o campo em um lugar digno, acreditamos que contribuímos para transformar também a desigual sociedade brasileira, combatendo a fome e a miséria.

Porém, novos desafios se colocam para a agricultura brasileira. A hegemonia de empresas transnacionais, associadas ao capital financeiro, não apenas tem desnacionalizado a propriedade da terra e das empresas agrícolas, como altera significativamente a configuração do meio rural.

A perversidade deste modelo chamado de “agronegócio” está no abandono da produção de alimentos, utilizando os bens da natureza para a produção de combustíveis e celulose. De 1990 para 2011, por exemplo, as áreas plantadas com alimentos como o arroz, feijão, mandioca e trigo declinaram, respectivamente, 31%, 26%, 11% e 35%. Já as áreas plantadas de cana e soja, aumentaram 122% e 107%. O impacto disso se reflete no aumento da importação de alimentos — nossos feijão e arroz vêm da China.

O agronegócio traz ainda enormes contradições e consequências à sociedade brasileira: a produção em monocultura e em larga escala destrói a biodiversidade e a vegetação local, pois sua matriz produtiva se baseia no uso intensivo de agrotóxico. O Brasil é hoje o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, tendo duas dezenas de produtos proibidos na União Europeia.

Com isso, muda-se também a luta pela terra. Se a produção de alimentos não é a prioridade da agricultura, perde-se a perspectiva da reforma agrária clássica, que consistia na democratização da terra, com a criação de um mercado interno, e na redução do custo de vida nas cidades, estimulando o desenvolvimento industrial.

Por isso, nosso 6º Congresso apresentará para a sociedade brasileira um Programa Agrário, defendendo a realização de uma Reforma Agrária Popular. Um programa não apenas para os camponeses, mas como uma alternativa aos problemas estruturais do campo e de toda a sociedade brasileira, visando a transformar a agricultura e colocá-la a serviço de toda população.

A Reforma Agrária Popular consiste na democratização da terra, prioriza a produção de alimentos saudáveis, através da agroecologia, procura desenvolver sistemas de agroindústrias no campo e sob o controle dos camponeses. Isso possibilita agregar valor aos produtos, gerando mais renda e novos postos de trabalho, sobretudo à juventude. Ainda, busca garantir condições e direitos básicos, como saúde, educação, acesso a tecnologias, cultura e lazer a toda a população do campo.

Para isso, conclamamos toda sociedade brasileira para lutar, construir a reforma agrária popular.

O artigo acima foi publicado no jornal O Globo: http://oglobo.globo.com/opiniao/reforma-agraria-popular-urgente-11565408

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

PT, mais um ano

Nesta semana se Henrique de Souza Filho tivesse vivo faria 70 anos, infelizmente nos deixou de forma precoce. Na próxima segunda-feira, 10, o Partido dos Trabalhadores (PT) fará 34 anos. O que uma coisa tem haver com a outra?. “Tô vendo uma esperança!”, com esta frase Henfil preconizava o surgimento do PT, partido que desde sua origem impulsionou grandes transformações na sociedade brasileira e, neste mais um ano de sua existência, continua uma força atuante em prol de um Brasil melhor.
Os relatos são vários na literatura. Quem esteve no colégio Sion naquele 10 de fevereiro de 1980 conta o tamanho da emoção que foi fundar o PT. Três figuram marcaram simbolicamente o que representava aquele movimento: Mário Pedrosa, um importantíssimo intelectual, trotskista, do Partido Socialista; Sérgio Buarque de Holanda e o Apolônio de Carvalho. Pessoas com 70, 80 anos de idade, que marcaram toda uma tradição de luta política na sociedade brasileira.
A esperança sinalizada por Henfil naquele momento se refletiu nas profundas transformações realizadas por este partido ao longo de sua existência, seja governando em todas as esferas de poder, como, também, nas diversas lutas por liberdades, justiça e direitos humanos. A marca do governo do PT foi a participação popular e assim o fez nas prefeituras, governos estaduais e, nesses últimos 11 anos, no governo central. Esteve na frente de lutas importantíssimas pela democratização do país e políticas públicas que beneficiasse a maioria da população.
Nesse período que está ocupando o Palácio do Planalto, conquistas importantes se efetivaram. Mais de 20 milhões de empregos formais foram criados, o aumento real do rendimento do trabalhador foi significativo e mais de 40 milhões de brasileiros ascenderam socialmente. Indubitavelmente, O PT teve papel preponderante por este Brasil de Hoje.
O escritor italiano Antonio Gramsci escreveu que contar a história de um partido é escrever, de forma monográfica, a história de um país. O PT é exemplo desse dito.
 
 Em D24Am

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Comunidade Boa Esperança/ Presidente Figueiredo

Na última sexta-feira (31) tive a oportunidade de participar de Audiência Pública na Comunidade Boa Esperança em Presidente Figueiredo.


São 540 famílias que lutam pela regularização fundiária por meio da desapropriação das terras e criação do Assentamento Boa Esperança.


A agricultura familiar da região garante que sejam produzidos toneladas de pimentão, abastecendo o mercado de hortaliças de Manaus.
 

Estiveram presentes as lideranças da comunidade, do governo local, a Ouvidoria Agrária e o corpo técnico do INCRA.


O INCRA se responsabilizou pelo estudo técnico que viabilizará as negociações para a desapropriação e a criação do assentamento.


Muito obrigado a todos da comunidade que me receberam tão bem e que dão o exemplo de como a agricultura familiar organizada consegue produzir números expressivos.
Parabéns pela reivindicação dos direitos!


Nossos Ministros